terça-feira, 16 de outubro de 2012

Dapenha confessa que foi......


CONFESSO QUE FUI !
                        dapenha


É verdade, confesso que fui. E ademais, confesso com muito orgulho. Guardo comigo (usual pleonasmo), bem plastificada a inquestionável prova: a carteirinha de Professor. Fiz parte sim, da Rede Estadual de Ensino. Iniciei dando meus préstimos no Colégio José Francisco, juntamente com meu caro colega, Orestes Muniz. E, se hoje a classe alega carência, tempo de vacas magras; naquela época era de vacas magérrimas. Muitas vezes comprei giz, apagadores e papeis prá rodar no estêncil as provas mensais dos alunos. Depois fui transferido para o Carmem Rocha, onde constatei a mesma carência. Saliente-se que, mesmo com esta carência material e porque não dizer, financeira; não havia esta selvageria que hoje existe, de alunos contra Professores. Confesso que nunca fui o grande Paulo Freire, a quem admiro grandemente,  e nem tinha esta ousada intenção. Todavia sempre, ao arredio dos métodos apresentados pela SEDUC, tinha os meus, onde sempre  a Redação  era exercício prioritário na Sala de Aula. Por sinal, ainda hoje, é minha opinião, pois é através da Redação que o Professor faz uma avaliação correta e cognitiva do conhecimento e desenvolvimento do aluno de textos.  A colocação certa de um sujeito, predicado, crase,  verbo, advérbio, pronome etc. E ademais o aluno, aprende a colocar começo-meio-fim dentro do contexto que lhe é apresentado como exercício. Creio piamente nesta concepção, mesmo sem ser radical! Abandonei a função, ou profissão devido  à somatória do  stress, visto já  ter sido Delegado de Polícia e Assessor Jurídico. Mais tarde, Diretor de Presídio. Optei por escolher só o campo advocatício, onde me encontro até os dias de hoje.
Todo esse circunlóquio prá dizer do meu orgulho ao encontrar na cidade alguns ex-alunos que se lembram de minha passagem como Professor.
Hoje, na Igreja Missionária do Jardim dos Migrantes, ao assistir aulas bíblicas na Escola Dominical, encontro uma de minhas dedicadas e prendadas alunas, é a Zélia. Que alegria! A Zélia, lembro-me perfeitamente, sempre teve pendor para o uso da palavra. Sempre falou com desenvoltura e eloquência. Não deixo que ela perceba esta minha afirmação para que  não tropece nas palavras e perca sua humildade. Mas, dentro de mim há um  orgulho imensurável de ter sido um dos seus professores!
Mas, deixai que enalteça os demais professores da Escola Bíblica, que foi motivo até de uma música da lavra de Amor, minha querida esposa e amiga. O trio se completa com os ensinamentos através  do Edvaldo e a Terezinha  que, com comprometimento e humildade  tornam as manhãs domingueiras mais prazerosas, e nos faz iniciarmos o dia abençoados e otimistas! 

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