CONFESSO QUE FUI !
dapenha
É verdade, confesso que fui. E
ademais, confesso com muito orgulho. Guardo comigo (usual pleonasmo), bem
plastificada a inquestionável prova: a carteirinha de Professor. Fiz parte sim,
da Rede Estadual de Ensino. Iniciei dando meus préstimos no Colégio José
Francisco, juntamente com meu caro colega, Orestes Muniz. E, se hoje a classe
alega carência, tempo de vacas magras; naquela época era de vacas magérrimas.
Muitas vezes comprei giz, apagadores e papeis prá rodar no estêncil as provas
mensais dos alunos. Depois fui transferido para o Carmem Rocha, onde constatei
a mesma carência. Saliente-se que, mesmo com esta carência material e porque
não dizer, financeira; não havia esta selvageria que hoje existe, de alunos
contra Professores. Confesso que nunca fui o grande Paulo Freire, a quem admiro
grandemente, e nem tinha esta ousada
intenção. Todavia sempre, ao arredio dos métodos apresentados pela SEDUC, tinha
os meus, onde sempre a Redação era exercício prioritário na Sala de Aula. Por
sinal, ainda hoje, é minha opinião, pois é através da Redação que o Professor
faz uma avaliação correta e cognitiva do conhecimento e desenvolvimento do
aluno de textos. A colocação certa de um
sujeito, predicado, crase, verbo,
advérbio, pronome etc. E ademais o aluno, aprende a colocar começo-meio-fim
dentro do contexto que lhe é apresentado como exercício. Creio piamente nesta
concepção, mesmo sem ser radical! Abandonei a função, ou profissão devido à somatória do stress, visto já ter sido Delegado de Polícia e Assessor Jurídico.
Mais tarde, Diretor de Presídio. Optei por escolher só o campo advocatício,
onde me encontro até os dias de hoje.
Todo esse circunlóquio prá dizer do
meu orgulho ao encontrar na cidade alguns ex-alunos que se lembram de minha
passagem como Professor.
Hoje, na Igreja Missionária do Jardim
dos Migrantes, ao assistir aulas bíblicas na Escola Dominical, encontro uma de
minhas dedicadas e prendadas alunas, é a Zélia. Que alegria! A Zélia, lembro-me
perfeitamente, sempre teve pendor para o uso da palavra. Sempre falou com
desenvoltura e eloquência. Não deixo que ela perceba esta minha afirmação para
que não tropece nas palavras e perca sua
humildade. Mas, dentro de mim há um
orgulho imensurável de ter sido um dos seus professores!
Mas, deixai que enalteça os demais
professores da Escola Bíblica, que foi motivo até de uma música da lavra de
Amor, minha querida esposa e amiga. O trio se completa com os ensinamentos
através do Edvaldo e a Terezinha que, com comprometimento e humildade tornam as manhãs domingueiras mais prazerosas,
e nos faz iniciarmos o dia abençoados e otimistas!

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